As tendências do varejo de material de construção são resultados diretos dos impactos causados pelo distanciamento social, ocasionado pela Covid-19.
O comportamento do consumidor mudou, e com ele novos hábitos passaram a ganhar mais destaque.
Sendo assim, nesse conteúdo será abordado o contexto atual e as principais tendências do varejo de material de construção para o próximo ano.
O cenário atual para as tendências do varejo de material de construção
Com o distanciamento social causado pela pandemia de Covid-19, algumas tendências do varejo se destacaram. Contudo, antes de listar as principais, é preciso esclarecer os motivos que causam impacto nas mesmas.
No início da pandemia, as atividades do varejo caíram. Isso porque, por não serem consideradas tarefas essenciais neste período, o volume de vendas diminuiu. Tenha em mente que nesse período, as compras online ainda não eram vistas como uma opção. Muito pelo contrário. Sempre existiu um certo receio quanto a realizar compras no meio digital.
Entretanto, algumas lojas passaram a adotar soluções mais tecnológicas que possibilitaram a venda online. Dessa forma, por conta do distanciamento, os consumidores passaram a adotar esse hábito.

Logo, como é demonstrado do gráfico acima da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao longo de 2021 o crescimento se manteve mais estável e controlado, tendo dezembro como grande destaque.
Ao mesmo tempo que, para o setor de material de construção, a Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), citado pelo portal Terra, previa um crescimento de 16% em 2021.
Já para 2022, a Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção (Abramat), apontado pelo Valor Globo, acredita em um crescimento mais contido para o ano, chegando a 2%.
Somados a essas expectativas, o perfil do consumidor atual passou por algumas mudanças durante esses dois últimos anos. A casa passou a ser o centro da vida do mesmo, tendo em vista a necessidade de passar mais tempo dentro do imóvel para, até mesmo, trabalhar. Assim, algumas pequenas reformas ou até grandes construções se tornaram prioridades, já que o consumidor estava em busca de conforto.
Da mesma forma que as compras online passaram a ganhar mais espaços. A pesquisa da McKinsey & Company fala sobre o novo perfil consumidor pós-covid. Segundo o levantamento, 40% fizeram mais compras online durante a Covid-19, apesar do corte de gastos. Além disso, essa mesma porcentagem pretende continuar fazendo as compras virtuais no pós-pandemia. E ainda 35% visam diminuir idas a lojas físicas.
Principais tendências e expectativas
Depois de abordar as mudanças causadas pela pandemia no consumo e no perfil do novo cliente, ficará mais simples de entender as mudanças de comportamento e as tendências para o varejo no próximo ano. A seguir, as principais delas:
Maior uso da tecnologia
Entra ano, passa ano e a tecnologia continua sendo a principal tendência do setor de varejo. Com o isolamento, ficou ainda mais claro o valor da mesma no cotidiano dos consumidores.
Sendo assim, modelos como o Omnichanel tendem a se consolidar em 2022. Esse é um sistema de negócio que reconhece o valor das lojas físicas e das online. De acordo com uma pesquisa do Opinion Box, citado pelo E-commerce, mais 60% dos clientes já consomem de forma híbrida. Enquanto 16% afirma ter começado a se aventurar nas compras online em 2020.
Além disso, o uso de tecnologia no atendimento é uma estratégia que pode facilitar e aprimorar o atendimento ao cliente também. O consumidor 5.0 aborda o perfil atual daqueles compradores que não toleram grande tempo de espera e o olhar não atento às demandas dos mesmo, durante o atendimento.
Da mesma forma que eles estão dispostos a usar a tecnologia para pesquisar avaliações sobre a marca e até mesmo opinar sobre as mesmas depois de realizarem a compra. Por isso, optam por não efetivar a compra com aquelas que não conseguem achar informações sobre ou que encontram somente mentiras e negativismo durante o suporte.
Portanto, quanto mais digitalizada for as suas operações e quanto mais ativa a sua loja for, no ambiente virtual, maiores serão as chances do consumidor finalizar as compras.
Foco na experiência do cliente
Se a sua loja ainda não tinha o foco na experiência do consumidor é melhor repensar isso, tendo em vista que o Consumidor 5.0 também preza por essa característica, sendo uma das mais importantes para a decisão de compra.
Vale ressaltar que a experiência do cliente está interligada com a tendência anterior. O uso da tecnologia para fidelizar e resolver as dores do mesmo de forma rápida e eficiente é o que vai fazer a diferença.
Para 2022, de acordo com dados da consultoria Gartner, citados pela Vitrine do Varejo, 70% das interações com clientes envolverão novas ferramentas. Como por exemplo, chatbots, machine learning e mensagens por celular.
Contudo, outra pesquisa citada pelo mesmo portal, da Pinsent Masons, 60% preferem falar com um humano durante a interação com a inteligência artificial. Isso demonstra que um atendimento humanizado, mesmo que por intermédio da tecnologia, terá o seu valor no próximo ano.
Algumas estratégias de pagamentos, como a utilização de Pix, e de possibilidade de retirada do produto em loja, fazendo referência ao modelo Omnichanel, podem ser também boas táticas para aprimorar a experiência do cliente. Bem como a personalização nos produtos e atendimento.
E-commerce
Como já foi explicado anteriormente nesse conteúdo, as compras online estão, cada vez mais, ganhando espaço.
Só no primeiro semestre de 2021 no Brasil, o modelo de e-commerce atingiu mais de 53 bilhões de vendas, segundo a mostra da Ebit | Nielsen, citados pelo portal E-commerce.
E conforme o portal Terra, fazendo referência a pesquisa Tendências do e-commerce para 2022, as previsões é de que no próximo ano, 49% gastem mais em compras online.
Sustentabilidade
Ainda usando a mesma pesquisa da McKinsey & Company, já citada nesse conteúdo, a sustentabilidade passou a ser um dos principais critérios do consumidor pós-pandemia.
De acordo com o levantamento, dois terços passaram a achar mais importante limitar e mensurar os impactos das mudanças climáticas. Além disso, 60% estão fazendo mudanças consideráveis no estilo de vida para diminuir o impacto no meio ambiente.
A reflexão do estudo é de que as marcas e negócios precisam repensar em como a sustentabilidade pode ser incorporada nas políticas das mesmas e no cotidiano das produções.
Apostar em sustentabilidade irá fidelizar e melhorar a experiência do consumidor que, conforme a análise da Veja, está cada vez mais preocupado com os impactos sociais e comunitários, resultando em 58% dos brasileiros com essas opiniões.
E agora?
Esse conteúdo abordou o cenário atual e as principais tendências do varejo de material de construção para 2022.
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